quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Prato cheio para o movimento negro

Não gosto de alguns exageros do movimento negro. Às vezes pega-se um ato e transformam-se as dimensões dele de uma forma assustadora. Em oposição ao pensamento majoritário, acredito inclusive que o problema não é ser negro ou ser branco, mas sim ser diferente. Nossa cultura ocidental costuma massacrar o diferente.

Costumamos arrumar apelidos que destacam a característica estranha. Os brancos “demais” são chamados de Parmalat e transparente, os pretos “demais” de betume, os narigudos “demais” de tucanos, etc. A ética é a do comum, ou do que pelo menos não é muito diferente.

Bom, a HP tem um problema em mãos. O seu software em certas condições de luz não consegue detectar faces dos negros, enquanto detecta sem dificuldades faces dos brancos. Isto talvez indique falta de testes adequados, mas daqui para racismo fica um pouco forçado.

Se for assim nossos olhos também são racistas. O que é mais fácil, achar um branco ou um preto em um ambiente com pouca luminosidade?

Se a HP, criadora do software, for racista, Deus, supostamente designer dos nossos olhos, também é.

Reportagem que motivou este post: http://news.bbc.co.uk/go/rss/-/2/hi/technology/8429634.stm.

Um comentário:

  1. Dado nosso histórico de escravidão com os povos africanos, talvez seja mesmo apropriado dizer que deus é racista sim. Difícil argumentar o contrário, dado o tanto de atrocidades que ele permitiu.

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